Transmitida pela picada do mosquito-palha infectado, a leishmaniose é uma doença grave, que afeta tanto humanos quanto animais, sendo. Sem cura para os cães, a doença pode causar sintomas severos e levar à morte. Por isso, a prevenção é essencial para a segurança dos pets e da população.
Recentemente, ocorreu o primeiro caso de leishmaniose em humanos de 2025, em Marília (SP). Um homem de 51 anos foi acometido pela doença, o que reforçou a necessidade de medidas preventivas.

A médica-veterinária e coordenadora Técnica da MSD Saúde Animal, Mariana Galgaro, explica que a atenção à doença costuma crescer quando humanos são diagnosticados, embora os casos em cães sejam muito mais frequentes. “Os casos em seres humanos chamam a atenção para a gravidade da doença. Os casos em cães são muito mais numerosos, mas muitas vezes passam despercebidos pela população ou são negligenciados”, destaca.
A enfermidade pode se manifestar de diferentes formas nos cães, sendo os principais sintomas: feridas na pele que não cicatrizam, febre, perda de peso, aumento do volume abdominal, apatia, crescimento exagerado das unhas e descamações na pele. “A doença não tem cura nos cães, apenas tratamento, que é custoso e tem limitações. A expectativa de vida do cão se torna reduzida e a qualidade dela também diminui drasticamente”, alerta Mariana.
Como proteger meu pet?
Adotando medidas preventivas, os tutores podem proteger seus cães e evitar que sejam acometidos pela doença. O uso de produtos que impeçam a picada do mosquito é uma das principais estratégias. “A coleira funciona impedindo o mosquito de se alimentar do sangue do animal. O princípio ativo, a deltametrina, presente na pele do cão, repele e pode matar o mosquito antes que ele consiga picar e transmitir o parasita para o cão”, explica a veterinária. Além disso, sua ação prolongada por até quatro meses oferece uma proteção contínua e prática para os tutores.
Além da coleira, há outras medidas importantes que ajudam na prevenção, como:

- Remoção de matéria orgânica de quintais, pomares e terrenos baldios para evitar a proliferação do mosquito;
- Uso de telas em canis para impedir a entrada do mosquito-palha;
- Evitar passeios com os cães em matas ou áreas de vegetação densa ao entardecer, período de maior atividade do mosquito.
Sem riscos, também, aos humanos
Proteger os cães não beneficia apenas os animais, mas, também, reduz o risco de transmissão para humanos. “Os cães são o principal reservatório doméstico da leishmaniose. Quando o animal está protegido, o mosquito não consegue se alimentar dele e, consequentemente, não se infecta com o parasita”, reforça Mariana. Dessa forma, a transmissão da doença entre cães e humanos é interrompida.
Com o recente caso registrado em Marília, a necessidade de prevenção fica ainda mais evidente. “Adotar medidas simples, como o uso de coleiras repelentes e a limpeza de áreas externas (quintais, pomares, terrenos, etc) pode fazer toda a diferença na luta contra a leishmaniose. Para garantir a melhor proteção para seu pet e sua família, consulte um médico-veterinário e mantenha os cuidados sempre em dia”, orienta.
Fonte: MSD,
FAQ
O que é a leishmaniose e por que ela preocupa tanto?
A leishmaniose é uma doença grave transmitida pela picada do mosquito-palha infectado e pode afetar tanto humanos quanto cães. Nos cães, não há cura, apenas tratamento com limitações. Os sintomas incluem feridas que não cicatrizam, perda de peso, febre e crescimento anormal das unhas. A doença compromete seriamente a qualidade e a expectativa de vida dos pets.
Como posso proteger meu cão contra a leishmaniose?
A principal medida preventiva é o uso de coleiras repelentes, como a Scalibor®, da MSD Saúde Animal, que protege por até quatro meses. Também é importante manter quintais limpos, usar telas em canis e evitar passeios em áreas de vegetação densa no fim do dia.
Proteger os cães ajuda a evitar casos em humanos?
Sim. Os cães são os principais reservatórios domésticos da leishmaniose. Quando protegidos, impedem que o mosquito-palha se infecte e transmita o parasita a humanos. Cuidar da saúde dos pets é uma forma direta de proteger também as pessoas.
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